sexta-feira, 23 de junho de 2017

Garantia de direitos e fortalecimento do SUAS foram os temas da IX Conferência Municipal de Assistência Social.

Débora Lacerda fala sobre Legislação do SUAS
Governo municipal, profissionais, usuários dos serviços da assistência e representantes de entidades da sociedade civil participaram da conferência municipal de assistência social em sua 9ª edição realizada na manhã e tarde de quinta-feira, 22, na sede do CRAS. Nesta edição a conferência abordou como tema a garantia de direitos no fortalecimento do SUAS, recebendo um público de 129 pessoas.
Estiveram presentes no evento o prefeito Antônio Menezes, a secretária de trabalho e promoção social Andreza Colares, a presidente do conselho municipal de assistência social Rosângela Valente, acompanhados pelo presidente da câmara de vereadores Celso Nascimento e o secretário de finanças Marcelo Mercês. Em seu discurso o prefeito reconheceu a importância dos serviços da ação social, porém, frisou a escassez de recursos que enfrentam os municípios para a oferta dos serviços.
Durante a programação a assistente social Tatiane Martins aproveitou a oportunidade para falar do programa “Criança Feliz” criado pelo governo federal com adesão do município. Na explanação Tatiane informou que o público alvo será a faixa etária de 0 a 6 anos de idade, que beneficiará 150 crianças nos bairros da Piracema e União, áreas periféricas da cidade.
Grupos discutiram proposta nos quatros eixos da conferência
O público que compareceu a conferência acompanhou a explanação dos quatro eixos que embasaram as discussões em grupo. Camila Vieira, assistente social do programa Bolsa Família falou sobre a proteção social não contributiva e o principio da equidade como paradigma para a gestão dos direitos sócioassistenciais. No segundo eixo a gestão democrática e o controle social, ministrada pela assistente social Vanessa Prestes enfatizou o lugar da sociedade civil no SUAS. A psicóloga e coordenadora do CRAS Valdenice Mafra abordou o acesso às seguranças socioassistenciais e a articulação entre serviços, benefícios e a transferência de renda como garantias de direitos socioassistenciais. Enquanto que a assistente social do CRAS Débora Lacerda falou da legislação como instrumento para uma gestão de compromisso e corresponsbilidades dos entes federativos para a garantia dos direitos socioassistenciais. 
Integrante de um dos eixos apresenta proposta à plenária
Após as discussões nos grupos, várias propostas foram apresentadas e submetidas à aprovação da plenária. Umas aprovadas com texto integral, enquanto que outras causaram debates mais intensos, sofrendo adequações na redação para serem aprovadas.
A plenária também elegeu os delegados que participarão da conferência estadual. Confira os delegados escolhidos por segmento:
Movimento Social: Elid de Jesus (Titular) e Jair Souza da Fonseca (Suplente)
Usuários: Roberto Lima de Oliveira (Titular) e Dinael Brito dos Santos (Suplente)
Trabalhadores da Assistência: Luciana Tavares (Titular) e Tatiane Martins (Suplente)

Os novos componentes do Conselho Municipal de Assistência Social – CMAS serão escolhidos em reunião posterior.   


quinta-feira, 8 de junho de 2017

TRÂNSITO.Rodovias PA 124 e 324 recebem obras de recuperação

Trecho em obras na PA 124 próximo a vila do km 40
Enquanto a alta temporada do verão se aproxima homens e máquinas trabalham na recuperação dos trechos mais críticos das rodovias estaduais que dão acesso à praia de maior movimentação nas férias paraense.
Nos últimos dias com a estação chuvosa chegando ao fim o departamento de estradas e rodagem regional nordeste intensifica os serviços sinalização horizontal, ou seja, as faixas longitudinais de bordo e divisão de fluxos e a recuperação do pavimento asfáltico em perímetros comprometido pelo tráfego e as fortes chuvas que acentuam a formação de crateras no leito da pista de rolamento.
Em alguns trechos foram necessários a substituição não somente da camada asfáltica, mas de todas as camadas do pavimento devido ao estado de deterioração do local, o que exigiu maior atenção dos técnicos e operários.
No trecho de 32 km entre Capanema ao trevo de Santa Luzia, além da sinalização deficiente, os motoristas, principalmente os que trafegam no período noturno, reclamavam dos perímetros “esburacados” que mesmo conhecendo a via acabavam sendo surpreendidos pelas crateras ocasionando prejuízos financeiros aos usuários da via.
Apesar dos serviços nos trechos mais críticos o tráfego fluiu sem problemas. Pelo menos até a próxima estação chuvosa os motoristas terão uma trafegabilidade mais tranquila.   




domingo, 4 de junho de 2017

Cultura. Como são as coisas e o nosso complexo de "inferioridade cultural"

Dona Onete em turnê internacional. Foto: Divulgação
Desde quando voltei a atuar na imprensa radiofônica local, sempre fiz questão de reservar um lugarzinho para a música paraense. Nos noticiosos que apresentei, como o "Café com Notícias", "Redação 105" e o mais recente "Alo Comunidade", os dois últimos já na Pirabas FM, o primeiro bloco musical era exclusivo deles - os artistas da nossa terra.
Entre alguns nomes como o de mestre Tomaz e os Canarinhos de Pirabas, Pirabolando, Arraial do Pavulagem, Paulo Uchôa, figurou algumas vezes no playlist do programa as músicas de Dona Onete, gentilmente cedidas pelo amigo Mauricio Nascimento nos volumes do Terruá Pará. Lembro-me que os carimbós de pinduca, os retumbões e xotes do arraial ... nunca foram 'contestados' pela crítica dos queridos ouvintes, afinal de contas, já são nomes consagrados na música popular paraense. Mas nos dias em que as músicas de dona Onete foram selecionadas para o playlist e "rodadas" no programa, a reação se deu em vários locais que frequento e de várias formas de preconceito. Deu agora de tocar macumba foi? retrucou uma ouvinte; outro ouvinte me disse: quando tocam as músicas 'lesas' troco pra outra emissora, só ouço as notícias... Claro que agradeci pela preferencia parcial de sintonia... nessa lista ainda tem o comentário de um velho confrade: essas músicas acabam com a audiência...(risos).
Programa Alô Comunidade, espaço literário e musical para 
artistas regionais. Foto com escritor Esmerindo Tetel.
Nessas horas me solidarizo a todos os militantes que arduamente e insistentemente promovem a legítima música paraense. Imagino o quanto é difícil trabalhar para que a nossa cultura seja valorizada e reconhecida quando nem mesmo os nativos o fazem. Música de índio? de negro? de cabôclo? Sim. Pois somos tudo isso. Mais aí vai um recado para aqueles que sofrem da tal "inferioridade cultural" quase ou totalmente negando sua identidade amazônida. Enquanto você renega, tem muito gringo querendo saber o quê se produz por essas terras de Verequete, Cupijó, Rui Barata entre outros.
E quando vi a reportagem no fantástico sobre o trabalho musical de dona Onete, veio à tona o velho e bom orgulho de ser paraense, o orgulho de ver pessoas simples como nós, cantar, interpretar, imortalizar através da música as coisas simples do nosso dia-a-dia, a exemplo do Pitiú, que por coincidência, vi aquela ouvinte cantando toda empolgada.
Mas foi preciso passar primeiro na Globo, pois como já dizia a célebre frase do Mosaico de Ravena: o que é bom vem lá de fora". Então que nossos artistas conquistem o mundo para serem reconhecidos pelo exigente gosto musical parauara daqueles que ainda não entenderam que quando se quer ser universal, temos que cantar a nossa aldeia.

Viva a Cultura Paraense, nem que seja meio do Pitiú.